Vem aí nova subida do gasóleo - TVI

Vem aí nova subida do gasóleo

Gasóleo

A escalada do petróleo nos mercados internacionais e a aproximação do Inverno vão levar a subidas no preço do gasóleo em Portugal já nas próximas semanas.

Relacionados
Várias fontes contactadas pelo «Diário de Notícias» na indústria petrolífera referem para a alta consistente das cotações do diesel no índice Platts.

Este indicador, que é a principal referência para a fixação dos preços ao retalho na Europa e em Portugal, subiu cerca de 10% desde o início do mês, ou cerca de 60 dólares por tonelada.

E este aumento vai repercutir-se com mais força no mercado nacional nas próximas semanas. Para além dos recentes recordes nas cotações do petróleo, a procura de gasóleo, que representa cerca de dois terços do combustível rodoviário vendido em Portugal, aumenta sempre neste período quando são constituídos os stocks para aquecimento no Norte da Europa e Estados Unidos.

Este fenómeno pressiona os preços em alta, mas o seu impacto vai depender do rigor do Inverno e da política comercial das companhias. Os combustíveis já começaram a subir em Setembro, mas ainda não reflectem os picos atingidos nos últimos dias.

Já na gasolina, cujo consumo cresce no Verão por causa das férias, não há para já sinais de uma subida forte.

Questionado na apresentação do Lisbon Energy Forum sobre uma eventual subida dos combustíveis, o presidente da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, não quis adiantar números, explicando que embora exista uma correlação entre o petróleo e o preço dos produtos finais, há outros factores a pesar.

Um deles é a desvalorização do dólar face ao euro, que trava em parte este efeito, mas não o suficiente. É que se o dólar deslizou cerca de 6,5% este ano, o brent do mar do Norte, usado em Portugal, subiu quase 30%. Em Janeiro, o barril custava 46 euros (60 dólares). Ontem, o custo era de 59 euros (78 dólares).

Para o presidente da Galp, o barril, com base apenas em factores técnicos, deveria estar entre os 50 e os 60 dólares.

Mas o desequilíbrio entre a oferta e a procura, alimentado pelo crescimento económico dos grandes países emergentes, leva as cotações para cima. Ferreira de Oliveira, que voltou a frisar a elevada carga fiscal sobre os combustíveis em Portugal, assinalou ainda que a alta do petróleo vai chegar dentro de seis meses ao gás natural.
Continue a ler esta notícia

Relacionados