CTP: 8% de taxa de desemprego pode causar «problemas sociais graves» - TVI

CTP: 8% de taxa de desemprego pode causar «problemas sociais graves»

A Confederação do Turismo Português (CTP), presidida por José Carlos Pinto Coelho, alertou que o aumento da taxa de desemprego para os 8% em 2007/2008, hoje previsto pela Comissão Europeia, pode causar «problemas sociais graves».

«Se os valores previstos para a taxa de desemprego já eram factor de preocupação para a CTP, esta barreira de 8 por cento apontada pela UE torna esta realidade incontornável e passível de causar problemas sociais graves», refere a Confederação do Turismo Português, num comunicado enviado à agência «Lusa».

A Comissão Europeia reviu hoje em alta as previsões para a taxa de desemprego em Portugal este ano e no próximo para os 8 por cento, mais 0,3 pontos percentuais que nas previsões da Primavera, apesar de ser esperada uma aceleração do crescimento económico.

Estas previsões ficam claramente acima das estimativas do Governo no Orçamento de Estado para 2008, cuja previsão se situa nos 7,8%, em 2007, e nos 7,6%, em 2008.

No mesmo comunicado, a CTP considera «evidente» que a «legislação laboral vigente desincentiva a criação de emprego», «está obsoleta», falhando também «como modelo de sustento artificial de postos de trabalho».

A questão, acrescenta o comunicado, está «em terminar com um modelo obsoleto de leis laborais que já nem para a manutenção de postos de trabalho injustificados parece servir».

Para a CTP, «é urgente que o Governo tenha a coragem de adoptar a flexigurança, como base de uma nova legislação do trabalho para a qual a CTP e outras confederações e associações empresariais já emitiram o seu parecer em devido tempo».

A Comissão Europeia alinhou hoje as suas previsões para o défice orçamental português deste ano com as do Governo, para 3,0 por cento, o que permitirá a Portugal deixar a lista de países com «défice excessivo», mas é mais pessimista que Lisboa para 2008, altura em que desequilíbrio das contas deverá ser de 2,6%, mais 0,2 pontos percentuais do que as previsões governamentais.

A Comissão Europeia prevê ainda que o crescimento da economia portuguesa acelere no próximo ano (2%), mas para um ritmo mais pessimista do que o esperado pelo Governo, mantendo-se a tendência de divergência com a UE até 2009.
Continue a ler esta notícia