A procuradora-geral adjunta Maria José Morgado, nomeada para chefiar a equipa que irá investigar os processos relacionados com o caso «Apito Dourado», ajudou Valentim Loureiro a defender-se dos 26 crimes de corrupção activa na forma de cumplicidade por que está acusado no processo de Gondomar.
No requerimento que apresentou a solicitar a abertura da instrução (fase destinada a apreciar a decisão de levar o caso a julgamento) o major citou o pensamento da magistrada a respeito dos crimes no desporto para se defender.
Quem o confirma ao PortugalDiário é o advogado do major, Amílcar Fernandes. «Citámos excertos da intervenção da senhora procuradora no 2º Congresso do Direito do Desporto, em Outubro de 2004, na parte em que defende que a lei especial da corrupção no desporto não prevê o tráfico de influências».
Sobre a nomeação da magistrada para chefiar a equipa que vai investigar todas as certidões extraídas do processo «Apito Dourado», o advogado referiu tratar-se de «uma questão interna do Ministério Público» e que «poderá servir para criar uniformidade de decisões».
Este é, aliás, o único mérito que reconhece à decisão do Procurador Geral da República.
«Em relação ao meu cliente, a investigação esta feita», acrescenta o causídico que não espera novas acusações para Valentim Loureiro. Sobre Maria José Morgado diz apenas tratar-se de «uma magistrada muito conceituada».
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Apito Dourado: Morgado <i>ajudou</i> Valentim
- Cláudia Rosenbusch
- 14 dez 2006, 19:58
![Maria José Morgado](https://img.iol.pt/image/id/51058/1024.jpg)
Defesa do major explica por que citou a procuradora no processo
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