Louçã defende reforço da capitalização da CGD

O dirigente do BE Francisco Louçã defendeu este sábado que os 4 mil milhões de euros disponibilizados para a recapitalização dos bancos sejam usados em exclusivo na Caixa Geral de Depósitos, visando forçar um sistema bancário público.

«Usando os 4 mil milhões de euros disponíveis para a recapitalização dos bancos no aumento do capital da CGD, o banco público receberia instruções do Governo para garantir taxas de juro não especulativas», defendeu Louçã à Lusa.

Louçã falava em conferência de imprensa no final da reunião da Mesa Nacional do BE, em Lisboa, que aprovou um documento com 12 medidas prioritárias de resposta à crise económica e social.

Para o dirigente bloquista, a medida forçaria «todos os bancos comerciais a seguir a mesma prática», o que incentivaria a criação de «um sistema bancário público».

Uma das primeiras medidas, defendeu, seria garantir que a transferência de créditos de qualquer banco para a CGD fosse feita a custo zero.

«Para aliviar a pressão sobre os rendimentos mais pobres, a CGD deve renegociar todas as dívidas hipotecárias para reduzir o estrangulamento das famílias sobreendividadas», propôs.