A probabilidade da mancha de petróleo resultante de um derrame no Golfo do México atingir os Açores é muito reduzida, tratando-se de um produto volátil que se dissiparia durante a viagem, revelou uma especialista em correntes marinhas.
«As correntes oceânicas permitem o arrastamento do petróleo até aos Açores, mas levaria cerca de seis meses e, nesse período, as manchas sofrem tantas transformações que fazem com que as hipóteses de cá chegar sejam muito pouco prováveis», afirmou Manuela Juliano, da Universidade dos Açores, em declarações à Lusa.
Segundo esta especialista em correntes marinhas, ao contrário de outros objectos que estejam à deriva na zona do Golfo do México, uma mancha de petróleo sofre durante o seu percurso «várias transformações que diminuem» os seus efeitos.
«Ela pode evaporar-se ou dissolver-se na coluna de água e mesmo que chegasse aos Açores seria de uma forma já alterada e menos nociva», frisou Manuela Juliano, recordando que se tratar de um material volátil, ao contrário de outros objectos que acabam por ser arrastados pelas correntes.
Nesse sentido, aludiu ao caso de um pescador que encontrou na ilha Terceira uma carteira com cerca de 100 dólares, que tinha sido perdida por mulher que estava de férias na Florida, EUA, dois anos antes. A proprietária da carteira acabou por ser localizada e os 100 dólares foram restituídos.
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Mancha de petróleo não deve chegar aos Açores
- tvi24
- CP
- 14 mai 2010, 16:12
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Especialista explica todas as possibilidades
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