Nicholas Dominici faria dois anos em novembro. O menino morreu na passada sexta-feira, devido a uma overdose, depois de ter estado exposto a fentanil na creche que frequentava há uma semana, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Segundo as autoridades, o fentanil, um forte opiáceo sintético usado como analgésico e anestésico, estava escondido no quarto onde as crianças dormiam.
Outros três bebés apresentaram sintomas de exposição à droga e foi-lhes administrado Narca, um medicamento usado para reverter overdoses. As crianças tiveram de ser hospitalizadas.
Uma busca às instalações levou à apreensão de um quilo de fentanil. Este terá sido descoberto "debaixo de um tapete onde as crianças dormiam", revelou o detetive Joseph Kenny, citado pela BBC.
As autoridades descobriram ainda três prensas, que serviriam para embalar os estupefacientes.
A polícia deteve duas pessoas: Grei Mendez, proprietária da creche Divino Niño, e Calisto Acevedo Brito, seu inquilino. Ambos respondem por acusações de posse de drogas "com intenção de distribuição, resultando em morte", assim como "conspiração para distribuição de estupefacientes, resultando em morte".
"Alegamos que os detidos envenenaram quatro bebés e mataram um deles, porque comandavam uma operação de tráfico de droga a partir de uma creche", revelou o procurador Damien Williams.
As autoridades procuram ainda o marido de Grei Mendez, que também estará envolvido. Imagens de videovigilância e registos telefónicos mostram que a mulher ligou várias vezes para o companheiro, antes de chamar os serviços de emergência. O homem terá retirado vários sacos de compras da creche.
O advogado de Grei Mendez disse que a proprietária da creche se diz inocente e que desconhecia a existência das drogas.