De acordo com a Lusa, em entrevista à emissora francesa RTL, Michel Sapin insistiu que “o objetivo é alcançar um acordo antes do referendo, se possível”, mas não para impedir que este se realize, dado que essa é uma decisão dos gregos.
“O papel da França é, até ao último momento, o de ver se é possível um acordo (…) para uma Grécia que recupere a estabilidade e a Europa a tranquilidade”, assinalou o ministro que admitiu, de seguida, que consegui-lo “é horrivelmente complicado”.
Questionado sobre se é a favor do 'sim' no referendo, Sapin recusou responder diretamente para evitar uma intromissão numa questão que cabe aos gregos decidir.
Contudo, comentou que “as consequências” não seriam as mesmas: “com o ‘sim’ as negociações continuariam (….), enquanto com o “não” há um risco de deslize para a saída da Grécia do euro”.
“Ainda que o ‘não’ ganhe, o papel da França será tentar conseguir que a Grécia se mantenha no euro”.
Sobre a presumível intransigência de Berlim em relação à posição de Atenas, Michel Sapin afirmou que “os mais duros não são os alemães, mas os pequenos países que fizeram significativos esforços”, que têm agora uma situação “melhor” e consideram que a Grécia não pode evitar passar pelo mesmo processo.
Citou os casos da Croácia e da Eslováquia e comentou que face à crise grega a “Alemanha está numa situação compreensível também relativamente à opinião pública alemã”.