Dívida: Governo diz que colocação de 500 milhões reflecte «confiança» - TVI

Dívida: Governo diz que colocação de 500 milhões reflecte «confiança»

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Costa Pina diz que investidores estão já a tomar decisões racionais

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O secretário de Estado do Tesouro disse esta quarta-feira que a colocação de 500 milhões de euros em dívida pública com juro abaixo do negociado no mercado secundário demonstra a confiança dos investidores nas medidas do Governo de consolidação orçamental.

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Pouco depois de serem conhecidos os resultados da primeira emissão do ano de dívida pública, Costa Pina salientou «o nível de procura registado» que superou em 2,6 vezes a oferta.

Segundo o governante, este foi mesmo «superior à média da procura em 2010, que foi cerca de 2,4 vezes».

Costa Pina destacou à Lusa que a taxa média exigida pelos investidores para comprarem os bilhetes do tesouro com maturidade a 22 de Julho de 2011, de 3,686 por cento, ficou «abaixo da taxa de juro praticada em mercado secundário».

Para o responsável pela pasta do Tesouro e Finanças, estes valores reflectem «decisões dos investidores tomadas de forma racional» e, sobretudo, o reconhecimento «de forma positiva» das medidas tomadas pelo Governo para consolidar as finanças públicas e reduzir o défice orçamental para 4,6% em 2011.

«O resultado reflecte a confiança dos investidores, nacionais mas sobretudo dos investidores estrangeiros, no nosso mercado de dívida pública, a confiança nas medidas de consolidação financeira e orçamental levadas a cabo pelo Governo e, em terceiro lugar, a confiança na capacidade de resistência da economia portuguesa nesta conjuntura que estamos a viver e em especial o bom desempenho que tem tido um sector importante da nossa economia, que é o sector exportador», afirmou.

Questionado sobre os problemas de financiamento que se poderão colocar ao Estado português em 2011, o que poderia levar ao recurso à ajuda externa, Costa Pina afirmou estar convencido de que «seremos capazes ultrapassar essas dificuldades de autonomamente e sem o apoio de entidades externas».
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