Grécia: Merkel garante maior parte da ajuda, mas deixa aviso - TVI

Grécia: Merkel garante maior parte da ajuda, mas deixa aviso

Mundial, dia 16 (a chanceler germânica Angela Merkel Alemanha-Suécia)

Chanceler alemã quer impor medidas adicionais de austeridade para evitar crises futuras

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A Zona Euro vai garantir 30 mil milhões de euros para salvar as contas públicas da Grécia. Deste valor, a maior fatia virá da Alemanha: 8,4 mil milhões de euros, ou seja, 28% do total do pacote de ajuda europeu, disse esta segunda-feira o porta-voz do ministro das Finanças alemão, Michael Offer.

No entanto, este empréstimo não surge sem um aviso claro do governo de Ângela Merkel: com a ajuda da comunidade internacional poderá vir a imposição de mais medidas de austeridade; só será garantida quando a Europa estiver convencida de que a Grécia não tem alternativas de financiamento; e só será concedida depois de ouvido o parlamento alemão.

Risco de incumprimento da Grécia baixa graças a ajuda

Michael Offer salientou, ainda, citado pela Bloomberg, que as condições a partir das quais Atenas poderá desencadear um pedido de apoio «ainda não estão definidas».

Esta não é a primeira vez que Merkel mostra vontade de fixar mais medidas de austeridade para salvaguardar a economia europeia e, principalmente, a moeda única. A chanceler alemã chegou, até, a propor que os países que não cumprissem as regras saíssem da Zona Euro.

A parcela que cada país vai disponibilizar para ajuda a Grécia tem como base o capital subscrito por cada país junto do Banco Central Europeu (BCE). Assim, a Espanha, por exemplo, contribuirá com 3,6 mil milhões, a Áustria com 858 milhões e Portugal com 774 milhões de euros.

Trichet satisfeito

O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet mostrou-se esta segunda-feira satisfeito com a decisão dos ministros das Finanças dos 16 países da Eurolândia.

«Considero que a decisão tomada este fim-de-semana muito positiva», disse Trichet, citado pela Reuters.

«Espero, agora, que todos os países actuem de acordo com as suas responsabilidades e, claro, que o governo da Grécia implemente, de forma rigorosa, medidas adicionais convincentes», adiantou o presidente do BCE.
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