Perez Metelo: «Bruxelas voltou a enganar-se» - TVI

Perez Metelo: «Bruxelas voltou a enganar-se»

Comentador acredita que Comissário Europeu dos Assuntos Económicos errou quando disse que país precisava de reduzir 1,5% do PIB em 2011

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António Perez Metelo comentou esta quarta-feira, na TVI, as medidas de austeridade, as novas propostas de Bruxelas para a redução do défice e os recentes números dos centros de emprego em Portugal.

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Para o comentador de economia da TVI, o Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, voltou a enganar-se quando disse que faltava reduzir 1,5% do PIB na despesa do Estado em 2011. E explica porquê.

«Antes do PEC 1 houve um orçamento de Estado para 2010 que foi aprovado. Neste orçamento já se decidia a redução do défice em um ponto percentual. Na altura pensava-se que era de 9,3% para 8,3%. Entretanto apareceu o PEC 2 onde o Governo português apresenta uma lista onde estima que o impacto das medidas adicionais seja de 1,2% este ano. Se juntarmos os tais 1%, deste ano, aos outros 1,2%, consegue-se atingir o objectivo de chegar ao final do ano com um défice de 7,3%».

«Mas parece que Bruxelas se esqueceu que antes do PEC 2 havia o PEC 1 e parece que não contabilizou o conjunto de medidas, para 2011, que dão uma redução do défice de 1,87%», adiantou o comentador da TVI que acredita que o Comissário Europeu não somou as medidas do PEC 2 com as do PEC 1, que já tinham sido decididas e apresentadas em Bruxelas.

Desemprego: «esperamos normalidade até Setembro»

Já quanto ao facto de Portugal ter assinalado uma descida de 1,8% do número de desempregados inscritos nos centros de emprego, Perez Metelo diz que são «precisos mais uns meses desta abençoada normalidade».

«Queremos mais uns meses desta abençoada normalidade. Pelo menos até Setembro. Congratulo-me por 10 mil portugueses estarem a menos no contingente de desempregados registados nos centros de emprego», disse.

E acrescentou: «Estes números estão relacionados com o momento do ano. Mas parece que a normalidade não satisfaz ninguém. Estamos a entrar num ano normal, já que entre Abril e Setembro, o desemprego baixa por razões sazonais. As pessoas parecem esquecer-se que nós tivemos três anos anormais para trás, onde nem a sazonalidade nos valeu. Nesse período, o desemprego até aumentou. Portanto faço um elogio desta normalidade. Que bom que estamos a ter este padrão, que espero que continue».
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