Banca: empréstimos às famílias caem. Malparado sobe - TVI

Banca: empréstimos às famílias caem. Malparado sobe

Crescimento

Empréstimos concedidos pelos bancos às famílias caíram 78 milhões de euros entre Janeiro e Fevereiro

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Os empréstimos concedidos pelos bancos às famílias caíram 78 milhões de euros entre Janeiro e Fevereiro, mas o crédito malparado aumentou em 75 milhões de euros, de acordo com o Boletim Estatístico do Banco de Portugal, divulgado esta quinta-feira.

A queda nos empréstimos resultou da diminuição do crédito em todas as finalidades, mas sobretudo no crédito ao consumo.

Nesta componente, o crédito concedido pelos bancos reduziu-se em 35 milhões de euros para 15381 milhões de euros. Este é mesmo o valor mais baixo desde Dezembro de 2008, de acordo com o Banco de Portugal.

Já os empréstimos para a compra de casa reduziram-se em 24 milhões de euros face a Janeiro para 114.468 milhões. Ainda assim, este valor é superior em 3932 milhões de euros ao registado em período homólogo (110.536 milhões).

Os empréstimos para «outros fins» cederam 20 milhões de euros em Fevereiro face a Janeiro para 12021 milhões de euros.

No caso do crédito às empresas, a queda é de 392 milhões de euros para mínimos de dois anos.

Apesar destas quedas no valor concedido pelos bancos às famílias, o crédito malparado aumentou entre Janeiro e Fevereiro em 75 milhões de euros para 4196 milhões de euros, ainda assim um crescimento abaixo do registado entre Outubro e Novembro de 2010.

O valor do malparado aumentou em todas as componentes, sendo o mais expressivo o do malparado no crédito ao consumo, que cresceu 47 milhões de euros, o maior aumento desde Julho de 2010.

A cobrança duvidosa nos empréstimos de «outros fins» também cresceu entre Janeiro e Fevereiro 17 milhões de euros para 887 milhões.

No caso da habitação, apesar de esta continuar a representar a maior fatia do crédito malparado, o crescimento foi menor do malparado: de 11 milhões de euros para 2000 milhões em Fevereiro.

O crédito malparado representou em Fevereiro 2,96 por cento do total de empréstimos concedidos nesse mês.

Os créditos concedidos pelos bancos apresentam um risco de incumprimento cada vez maior, mas estão também cada vez mais caros para os clientes. Para os novos créditos à habitação, os juros estão em máximos.

Mas porque a crise não é para todos, se uns não têm dinheiro para pagar as prestações à banca, outros têm cada vez mais dinheiro depositado no banco. Até porque as alturas de crise e incerteza motivam ainda mais a poupança e os juros pagos pelos bancos nos depósitos também estão cada vez mais apelativos.
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