Sócrates: Europa avançou no sentido de reconquistar mercados - TVI

Sócrates: Europa avançou no sentido de reconquistar mercados

José Sócrates

Primeiro-ministro diz que países concordaram com reforço do PEC «como condição indispensável»

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José Sócrates manifestou-se satisfeito com o reforço da governação económica decidido esta quinta-feira, em Bruxelas, pelos líderes da União Europeia, considerando que «a Europa avançou» no sentido de reconquistar a confiança dos mercados.

Governo afasta necessidade de recorrer a fundo de ajuda

Falando no final de uma Cimeira dominada pelos assuntos económicos, Sócrates destacou o facto de, ao mesmo tempo que aprovaram novas regras para a governação económica, os 27 terem também adoptado a sua nova estratégia de crescimento económico de médio prazo para os próximos 10 anos, a chamada «Europa 2020», bem como orientações para uma supervisão financeira mais eficaz.

Reforço da governação económica

Relativamente àquele que considerou o resultado mais importante do Conselho Europeu - «se alguma coisa sai desta reunião europeia é um reforço da governação económica», disse citado pela Lusa.

O primeiro-ministro indicou que «todos» aceitaram as orientações apresentadas pela task force liderada pelo presidente do Conselho, Herman van Rompuy, com vista a uma maior vigilância orçamental e um fortalecimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), designadamente através de um quadro de sanções e incentivos.

«Todos nós concordámos com o reforço do PEC como condição indispensável» para que «os mercados tenham uma confiança maior» na UE comparativamente «à que actualmente existe», afirmou, vincando que é essencial aumentar essa confiança «para que a UE e a Zona Euro não tenham problemas de financiamento».

Segundo Sócrates, a «maior vigilância e maior controlo da consolidação orçamental e sustentabilidade das dívidas dos diversos países europeus», designadamente através da apreciação dos projectos de orçamentos nacionais em Bruxelas na primavera de cada ano, antes de serem levados aos parlamentos nacionais, é «um avanço óbvio» e natural.

Para o primeiro-ministro português, trata-se de «uma partilha de soberania mais profunda nos aspectos económicos», que considerou absolutamente natural, «já que quando um país toma uma decisão orçamental, pode afectar os outros».

«Em síntese, eu diria que a Europa avançou», rematou.
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