Portugal cai três posições na lista dos mais competitivos - TVI

Portugal cai três posições na lista dos mais competitivos

Sócrates

Portugal está no lugar 46. Impostos, acesso ao financiamento, legislação fiscal e baixa formação são aspectos problemáticos

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Portugal caiu três posições no Índice Global de Competitividade (IGC) do Fórum Económico Mundial, posicionando-se na 46ª posição de um conjunto de 139 economias, com 4,38 pontos, os mesmos da Lituânia.

Nos dois últimos relatórios (2008-2009 e 2009-2010), Portugal surgia na 43ª posição.

Elaborado por um grupo de sete economistas, coordenados pelo espanhol Xavier Sala-i-Martin, o IGC mede, numa escala de 0 a 7 pontos um total de 12 factores de competitividade, entre os quais as infra-estruturas, o ambiente de negócios, o mercado laboral, o mercado financeiro, a saúde e educação primária e a inovação, escreve a Lusa.

É igualmente analisada a eficiência do mercado de bens, a formação e educação superior, a dimensão do mercado e a utilização de tecnologia.

O top 10 da lista, liderada pela Suíça, permaneceu igual ao ano passado, apesar de algumas modificações no ranking entre os países.

Em segundo lugar surge a Suécia, seguida da Singapura, EUA, Alemanha, Japão, Finlândia, Holanda Dinamarca e Canadá.

De acordo com o relatório, os factores mais problemáticos para realizar negócios em Portugal prendem-se com a ineficiência ao nível da burocracia governamental, a rigidez da legislação laboral e a instabilidade política.



Os impostos, o acesso ao financiamento, a legislação fiscal e a baixa formação dos trabalhadores são aspectos igualmente problemáticos apontados pelo Fórum Mundial a Portugal.

Entre as quedas, destaque para Espanha e Grécia, que cederam nove e seis posições, respectivamente, situando-se nas posições 42 e 40. No final da lista estão o Chade, Angola e o Burundi.

Mercado laboral: Portugal nos últimos lugares

Portugal caiu ainda 14 posições em termos de eficiência do mercado laboral, posicionando-se no 117º lugar, com 3,85 pontos, numa lista de 139 economias analisadas.

No que toca à cooperação do trabalhador empregador, Portugal surge no 96º lugar e quanto à flexibilidade na determinação dos salários aparece em 119º. A classificação de 110º lugar vai para a rigidez do emprego (110º) e em relação às práticas de contratação e despedimento o país surge na 138ª posição.

Entre as componentes analisadas para determinar a eficiência do mercado laboral, aquela em que Portugal melhor se posiciona é em termos de participação das mulheres no mundo do trabalho: está em 36º lugar.

[Notícia actualizada às 14h06]
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