Austeridade: sindicatos prometem luta - TVI

Austeridade: sindicatos prometem luta

Manifestação da CGTP em Lisboa (foto: Manuel Lino)

CGTP, UGT e STE estão contra cortes de salários na função pública e dizem que são sempre os mesmos a pagar a crise

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As estruturas sindicais da administração pública, da CGTP e da UGT, falam em uníssono: o corte em 5% nos salários da função pública anunciados ontem, quarta-feira, pelo Governo vai suscitar protestos por parte dos trabalhadores.

Para a coordenadora da Frente Comum da Administração Pública (CGTP), as novas medidas de austeridade são «provocatórias e inaceitáveis». Ana Avoila disse à agência Lusa que está marcado para 14 de Outubro um plenário em que deverão ser decididas formas de luta. «O descontentamento dos trabalhadores vai decerto culminar numa greve».

É que, argumenta, «mais uma vez quem paga a crise são os trabalhadores portugueses: os da administração pública de uma forma e os do sector privado de outra».

UGT antecipa descontentamento «explosivo»

O secretário coordenador da Frente Sindical da Administração Pública (UGT), Nobre dos Santos, também se mostrou preocupado com as «medidas anunciadas pelo Governo, porque vão levar a uma perda efectiva de rendimento dos trabalhadores», por causa da redução salarial e do aumento em 1% dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações e, ainda, de eventuais cortes nas comparticipações da ADSE.

«Vamos reunir os sindicatos da FESAP para ver o que eles querem fazer». Certo é que se antecipa já «uma situação explosiva nos próximos tempos porque o descontentamento dos trabalhadores vai aumentar».

O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Bettencourt Picanço, classificou as novas medidas de austeridade de uma «inovação no ataque aos trabalhadores».

Isto porque «desta vez as remunerações vão ser mesmo reduzidas e, segundo o ministros da finanças, isso é para continuar». Una medida que classifica como inaceitável, dado o baixo nível salarial do sector.

«Uma vez mais são os trabalhadores a pagar a crise, em particular os da função pública, mas a crise não se resolve».

O STE (UGT) vai encetar uma ronda de contactos com os grupos parlamentares para ver qual a respectiva disponibilidade para defender os trabalhadores da Administração Pública. E quer ainda juntar-se às outras estruturas sindicais para analisar a realidade com que se vão confrontar todos os portugueses nos próximos tempos.

Os cortes nos salários da função pública vão variar entre os 3,5% para os salários entre os 1.500 e os 2.000 euros e os 10%, para os vencimentos acima desses valores.

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