Basílio Horta defende imposto sobre os mais ricos

O deputado do PS e ex-presidente da AICEP, Basílio Horta, concorda com um especial sobre os mais ricos, «desde que englobe mesmo os mais ricos». «Estou de acordo que a distribuição de sacrifícios seja feita de maneira mais justa», afirmou o empresário, referindo-se ao anúncio do Governo de que vai analisar a hipótese de criar esse imposto.

«Vamos ver a maneira como ele [imposto] é feito», disse contudo Basílio Horta, dizendo que não concordará «se não abranger todos aqueles que são verdadeiramente ricos, se não se definir com clareza o que é riqueza e o que é ser rico». «A repartição de sacrifícios tem que ser mudada. Não pode ser só quem trabalha que está a ser objecto de sacrifícios, nem quem serve o Estado», defendeu.

«Se o PS apresentar essa medida e eu concordar com a forma como o faz, claro que serei subscritor, com muito gosto», disse Basílio Horta, sobre o pedido do líder do PS, António José Seguro à bancada parlamentar para que estude e apresente «novas formas de taxação sobre rendimentos de capital».

«Eu, contra mim falo, não sei se me vão incluir nessa lista ou não, mas se for, vamos a isso, não tenho problema absolutamente nenhum, desde que sejam todos, desde que os mais ricos não digam que são trabalhadores e depois não sejam apanhados por este sacrifício que tem de ser de todos os que gostam de Portugal», disse o empresário, mas alertou, num recado enviado a Américo Amorim, que esta semana já afirmou: «Eu não sou rico. Sou trabalhador».