O caso do desvio orçamental encontrado na Madeira é «pontual» e «não tem paralelo», garantiu o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, aos jornalistas, à saída de um encontro entre bancos centrais dos países de língua portuguesa, que decorreu em Lisboa. O governante assegurou ainda que a situação terá consequências para a Madeira e que o Governo tudo fará para impedir que a situação se repita.
Uma situação já classificada pela troika como uma «má surpresa».
Para Vítor Gaspar, o que se passa na Madeira «configura uma situação de irregularidade grave» e «o Governo tomará medidas no quadro da Lei das Finanças Regionais para prevenir a repetição de situações desse tipo».
«De acordo com a nossa melhor informação, trata-se de um caso pontual que não tem paralelo noutras situações no país», disse.
O governante anunciou ainda que o «levantamento da situação olhará também para o processo de preparação, execução, monitorização e controlo da situação orçamental da região, com vista a apurar e identificar fraquezas nesse processo orçamental e identificar eventuais irregularidades».
Para já, e tendo em conta as irregularidades apuradas, «a questão seguirá a sua tramitação normal e existe a possibilidade de aplicação de coimas, por exemplo pelo Tribunal de Contas», lembrou.
Já o exercício da solidariedade nacional «só poderá ter lugar num quadro em que a responsabilidade da região autónoma no seu ajustamento e pelo honrar dos seus compromissos passados seja absolutamente clara», concluiu.
Horas depois, o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, rejeitou a intenção de ocultar a situação financeira da região.
Ministro: Madeira é caso pontual e não se repetirá
- Redação
- PGM
- 19 set 2011, 15:22
Vítor Gaspar lembra que podem existir consequências face ao desvio encontrado nas contas da região
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