Eleições: Durão exige apoio às medidas da troika

O apoio às medidas da troika é para continuar independentemente de quem formar Governo. É isso mesmo que exige o presidente da Comissão Europeia.

Para Durão Barroso, PS, PSD e CDS devem dar essa garantia no pós-eleições, mesmo se vierem a integrar a oposição, defendeu, em entrevista ao «Diário Económico».

« No Governo ou fora do governo, tem de haver um apoio maioritário [à execução do programa da troika] se Portugal quiser continuar a receber o apoio dos outros países da Zona Euro».

Sem querer adiantar qual deve ser o Governo eleito, porque «não [lhe] compete» entrar «na política interna portuguesa», Durão Barroso insiste que «seja qual for o resultado das eleições, há uma coisa essencial: é que haja um apoio pelo menos dos três principais partidos, aqueles que apoiaram o programa, agora na sua execução».

O líder europeu receia que o partido que perder as eleições em Portugal faça oposição à execução do programa acordado com o Banco Central Europeu, Comissão Europeia e FMI.

Durão Barroso garante que essa oposição terá consequências negativas no apoio que Portugal recebe dos países europeus. E dá como exemplo a Grécia, onde acredita que o antagonismo da oposição minou a confiança dos credores e ameaça agora atirar o país de novo para a bancarrota.

Entretanto, o economista Medina Carreira já veio dizer que o país não vai crescer o suficiente para cumprir o acordo com a troika.

[Notícia actualizada às 9h]