Barroso apela a «sentido patriótico» dos partidos portugueses - TVI

Barroso apela a «sentido patriótico» dos partidos portugueses

País «está a ser visto com muito cuidado» pelos mercados financeiros

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O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse esta quarta-feira estar confiante no sentido patriótico das forças políticas para dar a Portugal um orçamento que credibilize a economia.

«Portugal tem um problema financeiro e tem que resolver esse problema. Estou confiante porque acredito muito na democracia e que haverá o sentido patriótico para encontrar uma solução», afirmou Durão Barroso, citado pela Lusa, remetendo a resolução para as diferentes forças políticas.

O responsável falava aos jornalistas numa conferência de imprensa no aeroporto internacional da Madeira, antes de deixar a região, depois de ter participado nas Jornadas de Estudo do Grupo do Partido Popular Europeu.

Considerando que o Orçamento do Estado «é um assunto muito sensível e delicado no contexto político», Durão Barroso reiterou que compete à Assembleia da República decidir sobre esta matéria, manifestando o desejo de que haja bom senso.

É essencial ter um Orçamento que seja credível

«Qualquer país precisa de ter um orçamento, isso é óbvio, e qualquer país, nomeadamente na situação de Portugal precisa de ter um orçamento que realize determinadas medidas em termos de credibilização relativamente aos mercados financeiros internacionais», declarou, sublinhando que o país «está a ser visto com muito cuidado» por estes, quer europeus, quer globais.

Durão Barroso insistiu ser «essencial, obviamente, que Portugal tenha um orçamento que dê credibilidade à economia portuguesa». «Isso é muito importante porque sem isso não há confiança, sem confiança não há investimento, sem investimento não há crescimento, sem crescimento não há emprego», argumentou.

«Não é uma questão meramente orçamental que está em causa», mas «a confiança no futuro da economia portuguesa». Sobre o documento, realçou a importância de contemplar «medidas credíveis de redução do défice e de redução da dívida pública».

«Se Portugal não realizar isso, não há confiança, quer dizer que Portugal vai pagar cada vez mais caro qualquer empréstimo que faça no mercado internacional», advertiu, frisando que o país tem de «recuperar a credibilidade em relação à economia portuguesa e às finanças públicas».

«Portanto tem que haver um orçamento que realize isso», disse, considerando que esta «é uma mensagem para todas as forças políticas portuguesas».
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