Conflitos: risco do crédito às exportações subiu - TVI

Conflitos: risco do crédito às exportações subiu

Egípcios festejam saida de Mubarak (EPA/LUSA)

Instabilidade no Egipto e Magrebe eleva risco de crédito às exportações para empresas portuguesas

O risco de crédito às exportações é hoje maior para as empresas portuguesas com negócios no Magrebe e no Egipto devido à instabilidade naquelas regiões, anunciou Paulo Morais, director da Crédito y Cáucion.

«O risco de crédito para qualquer destes países é hoje bem diferente do que era há um mês atrás. Os acontecimentos das últimas semanas não nos dão a garantia de que as operações de exportação para aquelas regiões continuem a ter o mesmo sucesso», disse à agência Lusa o responsável pela seguradora Crédito y Cáucion, o segundo maior operador em seguros de crédito às empresas em Portugal, logo a seguir à Cosec.

As empresas recorrem a seguros de crédito para se protegerem contra riscos de não pagamento das operações comerciais feitas com pagamento a crédito (90 ou 120 dias, por exemplo) de modo a cobrirem eventuais faltas de pagamento ou mesmo insolvências.

Estes seguros de crédito tanto podem ser feitos para o mercado nacional como internacional, mas ganham ainda mais importância quando as exportações acontecem para países mais distantes e mercados ainda desconhecidos.

Já a cobertura do risco político, que cobre situações como nacionalizações ou conflitos armados, é assegurada pela Cosec em Portugal.

«Cerca de 33 por cento da nossa carteira de seguros de crédito destina-se a seguros de crédito à exportação», referiu Paulo Morais, que adiantou ainda que é natural que as empresas que comercializam com países com instabilidade política sintam «momentaneamente» algumas dificuldades.
Continue a ler esta notícia