Eletricidade: mercado liberalizado ultrapassa 1,7 milhões de clientes em maio

O mercado liberalizado da eletricidade em Portugal contava com mais de 1,7 milhões de clientes em maio, com o consumo a representar cerca de dois terços do total, de acordo com informação da ERSE divulgada esta terça-feira.

Segundo o resumo informativo do mercado liberalizado de eletricidade, divulgado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o número de clientes ultrapassou em maio os 1,7 milhões, mais concretamente, 1,724 milhões de clientes, com a entrada de 77 mil novos clientes.

O consumo em mercado liberalizado - 29.160 GWh - representa mais de 66% do consumo total de eletricidade em Portugal.

«O número de clientes no mercado livre cresceu em maio cerca de 5%, apenas 0,6 pontos percentuais abaixo do crescimento registado em abril», refere a ERSE, adiantando que desde maio do ano passado «o número de consumidores no mercado livre mais que triplicou, registando-se uma aceleração das migrações para o regime de mercado desde dezembro de 2012».

No que respeita a quotas de mercado, a EDP Comercial continua a ser a principal empresa no mercado livre, consolidando a liderança com um aumento de 0,3 pontos percentuais na quota de consumo, para 44,8%, e de 0,6 pontos percentuais em número de clientes, para 84,3% do total.

A Endesa continuou a perder quota, tendo em maio registado um decréscimo de 0,5 pontos percentuais no número de clientes para 8,1% e de 0,3 pontos percentuais em termos de consumo, para 21,5%.

De acordo com dados da ERSE, em maio, face a abril, «a maior dos comercializadores aumentou a sua base total de clientes, com exceção da Fortia e da Nexus, que a mantiveram, e da Endesa, que vê reduzida a sua base de clientes em 1%».

Os três principais operadores de mercado - EDP, Endesa e Iberdrola - em conjunto representam cerca de 87% dos fornecimentos de energia no mercado livre e detêm cerca de 94% dos clientes que operam neste mercado.

Em consumo abastecido, a Axpo é a comercializadora que observa a maior taxa de crescimento com um aumento de cerca de 3% da sua carteira de fornecimentos.