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Portugal volta a adiar apresentação de novas medidas

UE: líderes em acordo (Foto Lusa/Tiago Petinga)

Eurogrupo discutiu Portugal e Espanha. Fundo de resgate europeu não será reforçado

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[Actualizada esta terça-feira às 10h32]

Portugal voltou a adiar a apresentação de novas medidas de consolidação e de reforço de competitividade, incluindo de flexibilização do mercado de trabalho, prometidas nas últimas semanas em Bruxelas.

Ainda assim, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, notou que «Portugal está a fazer um progresso muito notável «a nível do processo de consolidação», disse no final da reunião de decorreu esta segunda-feira à noite, em Bruxelas.

Teixeira dos Santos não falou

Juncker definiu o encontro como uma reunião técnica e garantiu que a Zona Euro tudo fará para assegurar a estabilidade financeira. Já Teixeira dos Santos não teceu quaisquer declarações sobre o encontro.

Quanto ao reforço do valor do fundo de estabilização europeu, os ministros não tomaram qualquer decisão. No final da reunião, onde esteve presente o director do FMI, Dominique Strauss-Kahn, o presidente do Eurogrupo anunciou aos jornalistas que não foram tomadas quaisquer deliberações, ou seja, o fundo mantém-se com a dotação original de 750 mil milhões de euros.

Citado pela Reuters, Jean-Claude Juncker afirmou que os ministros não discutiram na reunião a possibilidade de serem criadas as obrigações da Zona Euro (E-bonds), uma hipótese avançada pelos ministros das Finanças da Itália e do Luxemburgo.

«Fundo não é pequeno»

O CEO do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), Klaus Regling, disse que o fundo não é demasiado pequeno para responder às necessidades. Para já, o responsável não vê qualquer necessidade de reforçar o fundo e garante que continuará a ter meios suficientes para ajudar outros países que necessitem depois da ajuda à Irlanda.

Regling afirmou ainda esperar emitir 5 mil milhões de euros ou mais em obrigações, na segunda metade de Janeiro, garantindo que os bancos centrais, os fundos soberanos e outros grandes investidores mostram interesse nas obrigações do FEEF.

O responsável garantiu que não existem diferenças na forma como o FMI e a Comissão Europeia analisam a economia da região.

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