Áustria admite pequenos ajustes ao plano grego

A ministra austríaca das finanças admitiu esta segunda-feira algumas alterações ao programa de ajustamento grego. Tal como tinham já admitido os ministros alemães das finanças e dos negócios estrangeiros, Maria Fekter aceita alterar alguns prazos, mas também alterar o plano de modo a evitar uma recessão mais profunda. Mas não se pode mudar tudo, avisou.

«Algumas medidas podem ser antecipadas ou adiadas», admitiu a ministra, acrescentando que «pode examinar-se o que pode ser feito para que a depressão não se agrave, para reacender a esperança».

Mas, avisou, as alterações não podem ser substanciais. «Acreditar que se pode alterar tudo e concordar em algo novo a cada dois dias é ilusório».

O ministro dos negócios estrangeiros da Alemanha, Guido Westerwelle, foi um dos primeiros a reagir, admitindo que poderia ser necessário ajustar o calendário, já que as medidas gregas ficaram paradas nos últimos meses, devido ao impasse político. O ministro das finanças, Wolfgang Schauble disse o mesmo: terão de se ajustar prazos, mas não mexer no essencial do programa. O próprio porta-voz da chancelaria afirmou que «é agora decisivo que a troika fique convencida de que a Grécia vai aderir aos compromissos e implementar plenamente as reformas acordadas. Agora não é tempo de nenhum tipo de desconto sobre a Grécia».