«Europa deve ter coragem de implementar reformas estruturais»

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, defendeu esta segunda-feira a necessidade de a Europa se tornar mais competitiva através da implementação de reformas estruturais e apelou à união, mas recusou comentar «em específico» a situação na Grécia.

«Não vou comentar em específico a situação da Grécia. Obviamente, para nós, o que é importante é que a Europa, neste momento de dificuldades, tenha a coragem de implementar reformas estruturais, é isso que é preciso para a Europa se tornar mais competitiva em relação ao resto do mundo», afirmou Santos Pereira à margem da apresentação da reforma do Capital de Risco Público, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O ministro sublinhou, citado pela Lusa, que à semelhança de Portugal que «em momento de crise sabe unir-se e reformar-se», também a Grécia e outros países europeus devem fazê-lo.

«Obviamente, a Europa está a passar por um período complicado e a única maneira de conseguirmos ultrapassar este período complicado é, exatamente, a Europa ter vontade para se reformar e é exatamente isso que estamos a fazer no nosso país», repetiu Santos Pereira.

O líder da conservadora Nova Democracia (ND), Antonis Samaras, vencedor das eleições legislativas na Grécia, inicia esta segunda-feira as negociações para formar governo, previsivelmente com os socialistas do Pasok.

Os últimos dados oficiais das legislativas antecipadas referem que a ND vai garantir um resultado entre os 29,5 e os 30 por cento, obtendo 128 dos 300 lugares no parlamento (já incluindo o «bónus» de 50 deputados garantido pelo partido mais votado).

A Syriza confirma a segunda posição, com 27,1 por cento por cento e 72 deputados. Já o Pasok, de Evangelos Venizelos, obterá 12,3 por cento (33 deputados) e estará em condições de integrar um governo de coligação com os conservadores, assente numa maioria parlamentar.

Para formar um governo maioritário, uma coligação necessita de assegurar um mínimo de 151 lugares no parlamento.