Sócrates: «Não vai ser preciso reduzir salários» - TVI

Sócrates: «Não vai ser preciso reduzir salários»

Medida proposta pelos patrões portugueses visa «liberalizar mais» a contratação e o despedimento. Mas o primeiro-ministro disse que as medidas já adoptadas são suficientes

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O primeiro-ministro rejeitou esta quarta-feira em Bruxelas o cenário de redução de salários na função pública. José Sócrates disse acreditar que as medidas já adoptadas pelo Governo são suficientes para atingir os objetivos orçamentais em 2010 e 2011.

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«Não foi a opção. A nossa opção foi fazer um esforço coletivo, nacional e justo na sua distribuição, e por isso o que fizemos foi aumentar a taxa de IRS daqueles que mais rendimentos têm, para 45 por cento, mas também um aumento das taxas de IRS a partir deste mês em 1 por cento, distribuído por todos, e 1,5 para aqueles que têm rendimentos superiores». Foi desta forma que José Sócrates respondeu, sobre a possibilidade de o seu Executivo avançar com a medida para reduzir o défice orçamental. E reiterou que «não será preciso» ir por essa via.

Veja aqui as declarações de Sócrates

Estas declarações surgiram depois de o patronato ter proposto ao Governo, esta tarde, a adopção de medidas transitórias para melhorar a competividade das empresas e aumentar o emprego. Isto tendo por base a necessidade de «liberalizar mais» a contratação e o despedimento, escreve a Lusa.

Mas José Sócrates insistiu: «Não, não vai ser preciso».

O primeiro-ministro admitiu que Portugal tem de «fazer um esforço adicional, como todos os países europeus o estão a fazer». Mas fez questão de lembrar as medidas «muito bem definidas e apresentadas» que já foram adoptadas anteriormente. Medidas que foram consideradas adequadas pela Comissão Europeia para reduzir o défice orçamental em dois pontos percentuais, sem implicar a redução de salários, como sucedeu noutros Estados-membros.

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