Défice grego dispara no 1º semestre em vez de cair

O défice do Estado grego voltou a aumentar durante o primeiro semestre do ano, em vez de diminuir. Nos primeiros seis meses de 2011, o buraco atingiu os 12,8 mil milhões de euros, mais 28% que no mesmo período do ano passado, quando se ficou pelos 9,99 mil milhões.

Dados do Ministério das Finanças grego mostram que a receita caiu 8,3% para 21,8 mil milhões de euros, o que pode ser explicado, pelo menos em parte, pela crise. O problema é que a despesa do Estado também cresceu, o que não era suposto.

Os gastos aumentaram 8,8% para 33,15 mil milhões de euros, para o que contribuiu a subida registada nos pagamentos de juros, cujo valor passou de 5,73 para 7 mil milhões de euros.

Recorde-se que a Grécia está a receber um empréstimo internacional de 110 mil milhões de euros, divididos por cinco tranches. A última parcela chega este mês, mas chegou a estar bloqueada precisamente devido à incapacidade grega em reduzir o défice. O valor foi desbloqueado mediante a aprovação de mais um pacote de medidas de austeridade, destinadas a garantir a consolidação das contas públicas.