Durão Barroso: «Portugal tem situação financeira exigente» - TVI

Durão Barroso: «Portugal tem situação financeira exigente»

Durão Barroso (Lux)

Presidente da Comissão Europeia alerta, contudo, que Portugal não está no mesmo barco da Grécia

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Durão Barroso considera que Portugal tem uma situação financeira «exigente», mas rejeitou comparações com a Grécia, alegando que são situações diferentes.

«Portugal tem uma situação exigente que reclama a máxima responsabilidade dos portugueses, do governo mas também de todos os que tem responsabilidade no país, nomeadamente as forças da oposição», disse aos jornalistas José Manuel Durão Barroso, à margem do lançamento, em Lisboa de um livro que reúne ensaios sobre o futuro da Europa.

«O PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) visa corrigir a trajectória do défice e da dívida pública. É essencial que seja agora levado a cabo com determinação aquilo que foi decidido, se possível com o maior consenso nacional», defendeu, antes de saudar os «sinais de responsabilidade» já dados pelo «maior partido da oposição», PSD.

É importante corrigir «situações de desequilíbrio»

O presidente da Comissão Europeia disse ainda, citado pela Lusa, que o governo português «já declarou que está disponível para tomar medidas adicionais» que sejam necessárias.

«Penso que a situação portuguesa é uma situação séria mas diferente da situação grega. Se Portugal aplicar as medidas que são necessárias com determinação, com certeza que não se configurará nenhum dos cenários negativos que têm vindo a ser por vezes sugeridos», referiu Barroso, acrescentando que importante é corrigir «situações de desequilíbrio».

Durão Barroso lembrou que Portugal antes da crise financeira internacional tinha um défice dentro dos limites do pacto de estabilidade - «estava abaixo dos três por cento» - e em termos da dívida externa «estava num valor considerado aceitável, 66%», do Produto Interno Bruto.

Para Barroso, uma parte deste desequilíbrio «tem a ver com a grande contracção da actividade económica» e «os desequilíbrios nem sequer foram maiores que os verificados noutros países».

Mas «Portugal tem problemas estruturais de competitividade que têm vindo a agravar-se com o tempo e que devem ser enfrentados», concluiu.
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