Combustíveis fazem défice comercial disparar

O défice comercial português está cada vez maior. No período de Junho a Agosto cresceu 161,2 milhões de euros para 1.397 milhões de euros, apesar de as exportações terem crescido 14,2%, porque as importações também aumentaram 10%.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 10,3% e as importações 34%, em comparação com igual período do ano anterior. O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um défice de 45,4 milhões de euros.

Olhando apenas para o comércio com os parceiros da União Europeia, em Agosto de 2010, a chegada de bens apresenta um acréscimo de 0,6% em termos homólogos. Na expedição a taxa de variação homóloga apresenta um crescimento positivo de 19,7%, para o qual contribuiu o acréscimo verificado no material de transporte, papel e máquinas e aparelhos. Em termos mensais (Agosto de 2010 face a Julho de 2010), as chegadas registaram uma diminuição de 19,9% e as expedições de 29,9%.

Já no que respeita aos dados mensais do Comércio Extracomunitário, em Agosto de 2010 as importações registaram um aumento de 45,8% e as exportações de 24,1%, face aos valores registados em Agosto de 2009.

«Em ambos os fluxos este comportamento positivo deve-se fundamentalmente à variação verificada nos combustíveis minerais», explica o INE.

Em termos mensais (Agosto de 2010 face a Julho de 2010), as importações registaram um aumento de 15,0% (maioritariamente em resultado do acréscimo dos combustíveis minerais) e as exportações uma diminuição de 18,5% (devido sobretudo à quebra verificada nos combustíveis minerais e nas máquinas e aparelhos).