Passos: «Não somos surdos nem ficaremos mudos» - TVI

Passos: «Não somos surdos nem ficaremos mudos»

Primeiro-ministro sublinha que Governo «sabe o que está a fazer» e reconhece que «as dificuldades das pessoas são muito grandes»

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O primeiro-ministro iniciou o debate quinzenal - desta vez acompanhado pelo executivo, em peso; ninguém faltou à chamada - sublinhando que os «sacrifícios têm sido grandes», mas que o Governo «sabe o que está fazer» e que não fecha os olhos à insatisfação dos portugueses.

Mostrando que o caminho é para manter, o objetivo agora é trazer para dentro do país o «reconhecimento dos esforços alcançado lá fora».

«O país tem feito realmente um esforço que eu há um designei de colossal. Grandes sacrifícios para poder mostrar que tem vontade de cumprir e que conseguimos fazer uma transformação estrutural da economia. Isso já é reconhecido lá fora, cabe-nos agora explicar aos portugueses como o nosso esforço deve ser reconhecido cá dentro».

Para Passos Coelho «não podemos, apenas, ficar satisfeitos porque apresentamos resultados e estamos a cumprir», é preciso «encontrar forças para mobilizar os portugueses e nós reconhecemos que os portugueses têm hoje, em relação ao futuro, uma expetativa diferente da que gostaríamos de ter».

E rematou: «Não somos surdos, nem cegos e, seguramente, não ficaremos mudos relativamente às necessidades do país».

«Devemos afastar qualquer visão arrogante ou paternalista. Nós sabemos o que estamos a fazer. É inquestionável encarar a realidade de frente e resolver os problemas. Mas temos o sentido de humildade para reconhecer que as dificuldades das pessoas são muito grandes, sabemos que o esforço que temos de fazer não acabou ao fim de um ano. Gostaria que fosse assim, mas os portugueses sabem que isso seria uma cegueira».

Desta forma, Passos Coelho voltou a reafirmar que o caminho é para se manter, de forma a «vencer esta crise e resolver os nossos problemas e não aqueles que poderiam existir num país de fantasia».

«O trabalho que fizemos até aqui não vamos deitá-lo fora porque este trabalho constitui uma segurança para aquilo que ainda vamos fazer».

O debate quinzenal desta sexta-feira, que antecede o Conselho de Estado marcado para as 18h00 no Palácio de Belém, foi iniciado pelo deputado do CDS, Nuno Magalhães, que enumerou os «factos» que, para o seu grupo parlamentar, justificam as medidas de austeridade impostas ao país.
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