Banif «não é relevante» para défice acordado com a troika - TVI

Banif «não é relevante» para défice acordado com a troika

Luís Morais Sarmento (Lusa/Tiago Petinga)

Secretário de Estado do Orçamento defende que «o programa de ajustamento está a resultar»

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O secretário de Estado do Orçamento defendeu que «o programa de ajustamento está a resultar» e a operação no Banif «não é relevante para os limites» acordados, após o INE apresentar um défice de 10,6% no primeiro trimestre.

Passos: «Limite para o défice é perfeitamente alcançável»

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta sexta-feira que o défice orçamental das Administrações Públicas atingiu os 10,6% no primeiro trimestre do ano, face ao valor nominal do défice de 7,9% em termos homólogos, contabilizando já o aumento de capital do Estado no Banif de 700 milhões de euros (1,8% do PIB). Excluindo esta operação, o défice seria de 8,8%.

«Temos que cumprir o défice que está acordado com os nossos parceiros internacionais [5,5%]. A reclassificação da recapitalização bancária não tem impacto nesse objetivo», assegurou Luís Morais Sarmento.

O governante frisou que o aumento de capital no Banif «não é relevante para os limites do programa» de ajustamento e explicou que esta «já foi considerada nos valores do financiamento e da dívida», sendo «uma operação pontual» que não terá outros efeitos nos restantes trimestres do ano.

O responsável destacou, no entanto, a melhoria da capacidade de financiamento da economia portuguesa no primeiro trimestre, que passou para os 1,2% do PIB, face aos 0,3% em 2012.

Luís Morais Sarmento frisou ainda que «o programa de ajustamento está a resultar», «a receita está a crescer e bem», lembrando que os dados relativos à execução orçamental de maio «permitem ter confiança» quanto ao cumprimento «de todos os limites que estão estabelecidos».

«Em conjunto, estes resultados indicam o progresso do programa de ajustamento de Portugal e deixam boas perspetivas para o cumprimento dos objetivos estabelecidos para 2013», afirmou numa rápida declaração, em conferência de imprensa.

Luís Morais Sarmento considerou ainda que os dados publicados hoje pelo INE «confirmam a correção do desequilíbrio externo da economia portuguesa», atribuindo esta evolução «principalmente à melhoria do saldo externo de bens e serviços e do saldo dos rendimentos primários».
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