OPA à Cimpor: preço não foi negociado entre acionistas - TVI

OPA à Cimpor: preço não foi negociado entre acionistas

Cimpor

CMVM considera legal contrapartida oferecida

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O supervisor entendeu que o preço de 5,50 euros por ação oferecido pela Intercement, detida pela Camargo Corrêa, na OPA lançada pela Cimpor não foi negociado entre os acionistas da cimenteira, pelo que considera legal a contrapartida oferecida.

«Decidimos com base nos documentos e pelo que nos foi dito por todas as partes envolvidas. O preço da OPA [oferta pública de aquisição] não foi negociado por dois acionistas. Há apenas uma declaração da CGD de que venderá a sua posição naquele preço ou numa oferta superior», explicou o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, citado pela Lusa.

Carlos Tavares reforçou que não tem indícios que «tenha havido uma negociação bilateral do preço», entre as brasileiras Camargo Corrêa e a Votorantim, os maiores acionistas da Cimpor.

O responsável respondia a várias questões colocadas pelos deputados no decorrer da Comissão de Orçamento e Finanças, tendo indicado que o supervisor não entendeu necessário chamar um auditor independente para fixar um preço para esta OPA.

«A nomeação de um auditor não nos pareceu fundamental. A contrapartida é legal face à cotação [das ações da Cimpor] nos últimos seis meses», sublinhou.

Segundo o presidente da CMVM o registo da OPA demorou quase um mês devido às preocupações relativas a fornecer o máximo de informação possível aos acionistas, inclusive, sobre o futuro da empresa depois da OPA, para que os investidores possam decidir se querem, ou não, vender as suas ações.

«A CGD não quer controlar a Cimpor, quer sair da Cimpor», frisou Carlos Tavares, explicando que «se o BCP e a CGD, que são acionistas, acham o preço razoável, não seria razoável que os acionistas concordem e que seja a CMVM a pronunciar-se sobre a matéria».
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