Governo: Moody's ignorou efeitos do novo imposto - TVI

Governo: Moody's ignorou efeitos do novo imposto

Vítor Gaspar

Finanças garantem resultado das eleições de 5 de Junho propicia condições favoráveis para o cumprimento integral dos objectivos macroeconómicos e das reformas acordadas

O Governo anunciou esta terça-feira que a decisão da Moody's - de cortar o «rating» de Portugal em quatro níveis para o território de «lixo» - «ignora os efeitos da sobretaxa extraordinária em sede de IRS» equivalente a 50% do subsídio de Natal e «não considera» o amplo apoio político à austeridade. Ainda assim, mostra as vulnerabilidades da economia portuguesa.

«O downgrade ora anunciado revela o ambiente adverso da crise da dívida soberana e as vulnerabilidades da economia portuguesa neste contexto», diz o Ministério das Finanças, em comunicado citado pela Reuters, antes de acrescentar que a agência «não terá tido em devida conta o amplo consenso político que suporta a execução das medidas acordadas com a troika, traduzidas numa votação de mais de 80% nos partidos que subscreveram os memorandos».

O Ministério adianta que este corte «confirma que a apresentação de um programa robusto e sistémico de ajustamento macroeconómico constitui a única abordagem possível para inverter o rumo e recuperar credibilidade», sendo que as linhas gerais dessa abordagem «foram apresentadas no final da semana passada no programa de Governo e serão concretizadas nas próximas semanas».

Na mesma nota, as Finanças garantem que «o resultado das eleições de 5 de Junho passado propicia inegavelmente condições favoráveis para o cumprimento integral dos objectivos macroeconómicos e das reformas estruturais acordadas com os nossos parceiros europeus e internacionais».

Esta terça-feira, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar anunciou que o Executivo vai acelerar o corte da despesa pública, que será o foco da sua política orçamental, estando comprometido com o cumprimento da meta de um défice de 5,9% do PIB até ao final deste ano.

Portugal está sob um resgate de 78 mil milhões de euros, a três anos, da União Europeia (UE) e do FMI.
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