Abandonam REN porque não querem ser gestores públicos - TVI

Abandonam REN porque não querem ser gestores públicos

Filipe Botton

Administradores garantem que não são obrigadores a apresentar declaração de rendimentos porque não trabalham para o Estado. MP intenta acção em tribunal

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Não apresentaram a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional ¿ devida aos gestores públicos ¿ e o Ministério Público interpôs acções contra três administradores da REN, que na passada segunda-feira, renunciaram ao cargo na eléctrica, em choque com a decisão do tribunal, da qual irão recorrer.

Segundo avançou o «Jornal de Negócios», o MP interpôs no início do mês acções no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa contra Filipe de Botton, presidente da Logoenergia, Manuel Champalimaud, dono da Gestfin, Luís Atienza Serna, presidente da Red Eléctrica de Espanã e Gonçalo Oliveira.

À Lusa, Filipe Botton já considerou a acção judicial «completamente surrealista», e o tema será debatido na próxima Assembleia-Anual da empresa, em Março, na qual têm acento estes administradores não executivos, na posição de accionistas.

Estes elementos, que fazem parte da administração, não se consideram abrangidos pelo regime dos gestores públicos ¿ que são obrigados a apresentar a sua declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional, uma vez que são accionistas privados, e que a REN ¿ apesar de ser detida em 51% por capitais públicos ¿ está cotada em bolsa.

«Para ser gestor público eu teria de ser funcionário do Estado, e não sou. Ainda por cima sou administrador não executivo da REN, por isso isto é completamente ridículo», disse ainda à Lusa o maior accionista individual da eléctrica nacional.

Mais: para Botton, a decisão do tribunal constitucional dá uma má imagem aos mercados internacionais e aos empresários que querem investir em Portugal.
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