Autoeuropa: «cidadã de Portugal» que é preciso imitar - TVI

Autoeuropa: «cidadã de Portugal» que é preciso imitar

Passos Coelho nos 20 anos da Autoeuropa (LUSA)

Primeiro-ministro vê na fábrica de Palmela uma referência para o país e exemplo das reformas que são necessárias e que Governo quer empreender

«A Autoeuropa funcionou a vários títulos como empresa modelo. Desde logo foi uma boa empresa cidadã de Portugal». Passos Coelho felicitou esta terça-feira os 20 anos da fábrica da Volkswagen em Portugal, saudando a «referência» que é esta empresa para o «processo de modernização e de abertura da economia portuguesa».

Esta empresa «criou uma relação directa com Portugal e com os portugueses, tornou-se símbolo de como devemos encontrar modelos mais flexíveis na gestão da nossa relação com todos os colaboradores, naquilo que se entende ser a envolvente laboral das empresas».

É ainda, apontou o primeiro-ministro, «um exemplo de abertura ao exterior», os seus trabalhadores são «campeões de exportação em Portugal». E o «nível de incorporação anda muito perto dos 58%, com o objectivo de que venha a subir a médio prazo para patamar ainda superior na casa dos 70%».

Práticas «essenciais para uma economia que se quer mais aberta e competitiva a nível global».

Passos Coelho não tem dúvidas de que várias micro empresas e médias empresas de desenvolveram «justamente a partir daquilo que é aqui produzido, com padrões e níveis de qualidade muito em linha com o que eram exigências novas trazidas pela própria Autoeuropa», apontou, durante a cerimónia comemorativa dos 20 anos da fábrica de Palmela..

O chefe de Governo tomou nota das palavras do administrador alemão ali presente quanto à necessidade de se manter uma «forte disciplina nos custos da empresa e grande flexibilidade ao nível da organização e da produção» no ano que vem, um ano que será marcado pela incerteza.

« É justamente isso que queremos impor em Portugal. Temos de manter uma grande flexibilidade, um grande regime de adaptabilidade às circunstancias envolventes».

A Europa vai crescer menos e, por isso, «temos de nos voltar mais para fora da Europa», atraindo ao mesmo tempo «boas práticas, boa tecnologia, capital externo, que acrescente valor a Portugal. A chave do nosso sucesso no futuro, a possibilidade de criarmos mais emprego sustentável e poder vir conquistar não apenas mais quotas de mercado e exportação, mas sobretudo uma economia mais robusta e aberta ao exterior depende das reformas que conseguirmos lançar». E o modelo a seguir, para o Governo, é justamente o da Autoeuropa.

A estratégia desta empresa é «importante» para a economia «no seu todo, como é também decisiva para o próprio Estado - tem de ser mais flexível, mas mais disciplinado nos seus custos. Foi no fundo isto que os próprios chefes de Estado europeus reconheceram para a própria Europa» na última cimeira europeia.
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