Cimpor: CMVM pede esclarecimentos a Queiroz Pereira

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pediu esclarecimentos ao empresário Pedro Queiroz Pereira sobre a proposta alternativa que apresentou à OPA lançada pela Camargo Corrêa sobre a Cimpor.

«Foram pedidos esclarecimentos para podermos avaliar se existe, ou não, matéria para pedirmos envio de informação», disse à Lusa fonte oficial da CMVM.

O pedido de esclarecimentos foi feito depois de o Jornal de Negócios ter noticiado na sua edição de hoje que o presidente da Semapa, Pedro Queiroz Pereira, apresentou na quinta-feira aos acionistas portugueses da Cimpor uma alternativa à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela brasileira Camargo Corrêa.

Segundo o jornal, a proposta, que tem o acordo de Manuel Fino (que detém 10,7 por cento da cimpor), foi apresentada à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e ao fundo de pensões do BCP, tendo sido dado conhecimento ao primeiro-ministro e aos ministros das Finanças e da Economia.

O empresário, que, em 2000, lançou uma OPA sobre a Cimpor que fracassou, pretende agora juntar os acionistas portugueses da cimenteira numa ¿holding¿, na qual propõe integrar a Secil.

A InterCement, detida pela Camargo Corrêa, lançou, a 30 de março, uma OPA sobre a totalidade das ações da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação.

O Fundo de Pensões do BCP, que detém 10 por cento da Cimpor, e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) já anunciaram que vão vender as participações que detém na cimenteira.

A Camargo Corrêa já é a maior acionista da Cimpor (32,9 por cento do capital), seguida pela também brasileira Votorantim (21,1 por cento).