CIP: dados do défice «são boas notícias» - TVI

CIP: dados do défice «são boas notícias»

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Contas da execução orçamental são «bom sinal» para a «troika» que vem negociar ajuda externa

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As contas da execução orçamental do primeiro trimestre são «boas notícias» e «um bom sinal» para a equipa técnica que vem negociar a ajuda externa a Portugal, na opinião do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa.

«Estes indicadores são francamente positivos, há redução da despesa e algum aumento das receitas num momento em que Portugal está fragilizado nas negociações. Se mostrarmos - como o já devíamos ter feito há mais tempo - que estamos a fazer corretamente o trabalho de casa, isto só pode ser um bom sinal para aqueles que nos observam e que hoje estão por dentro a observarem-nos», disse à agência Lusa António Saraiva.

A execução orçamental do primeiro trimestre mostra uma melhoria de cerca de 1.750 milhões de euros nas contas da administração central e segurança social e apontam para um excedente de 432 milhões de euros até Março. O défice caiu 60%.

PEC atrás de PEC «tinham de ter os seus efeitos»

O presidente da CIP considera contudo que «era expectável» que as «dolorosas medidas e os PECs sucessivos» apresentados começassem a gerar efeitos e sublinhou a necessidade de os sacrifícios que vão ser pedidos à população serem distribuídos de forma mais equitativa e correcta.

Quanto à necessidade de medidas mais duras ao nível da remuneração da administração pública, António Saraiva disse que há um trabalho e reformas a fazer, antecipando mais pedidos de reduções ao nível da administração pública e do sector empresarial do estado pela troika do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu.

«É uma obrigatoriedade dos partidos políticos porem-se acordo, para que aqueles que nos ajudam percebam que estamos firmemente empenhados e que temos condições políticas para nos entendermos».

O responsável lembrou que a CIP sempre defendeu que a redução de despesa já devia ter sido feita no orçamento de 2010, o que «lamentavelmente não aconteceu», tendo tardado a tomada de um conjunto de medidas que corrigissem o rumo em que Portugal se encontrava.
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