As contas da execução orçamental do primeiro trimestre, que apontam para um excedente de 432 milhões de euros, são «uma mentira» e servem apenas para fazer campanha eleitoral.
«Essas despesas estão todas camufladas, são uma mentira», acusou o economista João Duque, também conselheiro do líder do PSD, em declarações à agência Lusa reagindo à melhoria de cerca de 1.750 milhões de euros nas contas da administração central e segurança social.
« Muito provavelmente, não está contabilizado o efeito BPN e, portanto, não são contas credíveis. Qualquer pessoa que está num plano sério de poupança e realinhamento das contas faz exercícios imputando mês a mês aquilo que é a expectativa de despesa que vai ter ou a assunção do prejuízo que vai ter com o BPN». João Duque defende assim que as contas deviam assumir mais cerca de 200 milhões de euros mensais.
Perdem-se as contas às «falcatruas»
«Esses maravilhosos resultados são, mais uma vez e no meu entendimento, resultados fracos». «O problema do Governo é o controlo das despesas [até porque] estes senhores não são capazes de controlar a despesa e isto é para a campanha eleitoral».
Por isso, os valores apresentados na execução orçamental do primeiro trimestre «não vão facilitar as negociações» do resgate financeiro pedido por Portugal.
Os técnicos da Comissão Europeia e do FMI «sabem muito bem com quem vêm tratar, sabem que são indivíduos que já tentaram falcatruar não sei quantas vezes as contas, são incompetentes para manter a despesa absolutamente controlada» e «não acredito que confiem seriamente nisto».
Economista: contas do Estado são «mentira»
- Redação
- VC
- 15 abr 2011, 10:04
João Duque acusa Governo de querer fazer apenas campanha eleitoral
Continue a ler esta notícia