A opção de utilizar fundos europeus para recapitalizar as entidades financeiras espanholas continua «aberta», admitiu esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, adiantando que o executivo está a procurar as melhores condições para a ajuda à banca.
«Continua aberta a questão de se a ajuda se canaliza diretamente aos bancos ou se faz através do Estado. Essa questão tratou-se em Roma entre os quatro líderes europeus e não se chegou ainda a uma solução», explicou José Manuel García-Margallo citado pela Lusa.
O governante espanhol referia-se ao encontro entre o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy.
Trata-se de um «trâmite formal e de procedimento» normal, explicou, sendo o mais importante conseguir negociar um prazo de devolução amplo e com juros baixos, para o pagamento do empréstimo.
«O importante agora é a negociação dos termos do contrato. Como quando qualquer família pede um empréstimo num banco», disse o governante.
«O importante para nós é o prazo de devolução e a taxa de juro. Se conseguirmos um prazo de devolução longo e uma taxa de juro baixa a operação será muito mais favorável».
García-Margallo disse que a decisão sobre o cariz de preferência ou não dos países da zona euro, com credores perante o governo espanhol, «depende do instrumento» que se venha a utilizar, «outra das questões abertas».
«Depende do instrumento que se utilize. No tratado que estabelece o mecanismo provisório não se estabelece uma prioridade, não se estabelece um direito de preferência sobre estes créditos. No tratado definitivo sim. É outra das questões abertas».
O Governo espanhol remeteu hoje uma carta ao Eurogrupo com um pedido de ajuda formal para o setor bancário do país, não estando ainda definido o valor desse empréstimo.
O Eurogrupo disponibilizou para uma ajuda de até 100 mil milhões de euros mas os resultados das análises de duas consultoras contratadas pelo Governo para analisar o setor estimam que as necessidades de capital das entidades espanholas seja, no máximo de 62 mil milhões de euros.
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Espanha: ajuda à banca com fundos europeus em «aberto»
- Redação
- 25 jun 2012, 10:47
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Ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol explica que «instrumento» para resgate bancário não está ainda definido
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