Investvar despede 200 trabalhadores até final de Junho - TVI

Investvar despede 200 trabalhadores até final de Junho

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Governo tinha escolhido Fundo de Recuperação de Empresas para viabilizar o grupo português de calçado

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Trinta e sete trabalhadores da Ilpe Ibérica, em Castelo de Paiva, recebem hoje a carta de despedimento e no final do mês devem ser dispensados os restantes 30 trabalhadores da fábrica de solas do grupo Investvar. No total serão 200, até final de Junho.

«Foram despedidas 37 pessoas [da Ilpe Ibérica] que estavam em ¿lay-off¿», disse à Lusa o administrador de insolvência da empresa do grupo Investvar, acrescentando que «os restantes 30 trabalhadores estão a acabar algumas encomendas e tudo indica que será também para despedir».

Há dois dias, foram despedidos os 120 trabalhadores da Glovar, outra empresa da Investvar apresentada à insolvência, o que significa que o grupo, gerido pelo Fundo de Recuperação de Empresas, detido pelos maiores bancos portugueses, já lançou para o desemprego 157 pessoas.

Se no final do mês, forem dispensados - como está previsto - os restantes 30 trabalhadores da Ilpe Ibérica, a Investvar terá menos um terço dos trabalhadores do que quando, em Dezembro, o Governo escolheu o Fundo de Recuperação de Empresas para viabilizar o grupo de calçado e impedir a perda de cerca de 600 empregos.

Em declarações à Lusa, Jorge Calvete disse que «há indemnizações [para os trabalhadores] se houver dinheiro para as pagar», o que está dependente da liquidação do património da empresa, com sede em Castelo de Paiva.

«Temos que ver», reagiu a dirigente do Sindicato do Calçado de Aveiro, Fernanda Moreira, realçando que «os trabalhadores da Glovar e da Ilpe têm direito a indemnizações, mas só podem ser pagas se as empresas tiverem dinheiro».

Os 120 trabalhadores da Glovar perderam o posto de trabalho com os salários do mês de maio em atraso e sem garantias de que venham a ser pagos, confirmou à Lusa Fernanda Moreira.

Com o fecho das duas unidades de produção, a Investvar fica reduzida a duas unidade de produção - a DCB - em Esmoriz, a que se junta a moderna fábrica na Índia, em que o grupo português detém uma participação de 99 por cento do capital.
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