Jorge Coelho a favor de venda articulada da ANA e da TAP - TVI

Jorge Coelho a favor de venda articulada da ANA e da TAP

Jorge Coelho

Assim, manter-se-ia o centro de operações da TAP que foi criado

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O presidente executivo da Mota-Engil, Jorge Coelho, defendeu esta terça-feira a articulação das operações de privatização da TAP e da ANA - Aeroportos de Portugal e manutenção da transportadora aérea como uma companhia de bandeira.

«Estou de acordo com a privatização da TAP articulada com a privatização da ANA, no sentido de manter o hub [centro de operações da TAP] que foi criado», disse Jorge Coelho na iniciativa Hora H, promovida pelo «Jornal de Negócios» e que decorreu em Lisboa.

O gestor recordou, segundo a Lusa, que a Mota-Engil abandonou o consórcio formado para a construção do novo aeroporto e privatização da ANA e reiterou que o grupo não está interessado nas operação de venda da gestora aeroportuária e da companhia aérea.

O presidente executivo da Mota-Engil elogiou o trabalho feito pelo presidente da TAP, Fernando Pinto, na companhia aérea.

«A TAP não tinha dinheiro sequer para pagar salários e o engenheiro Fernando Pinto teve um papel fantástico na recuperação da empresa», afirmou o gestor, que estava no Governo quando o presidente da companhia aérea foi contratado.

Jorge Coelho disse ainda que não está arrependido das decisões que tomou enquanto exerceu funções governativas na área das obras públicas.

«Não estou arrependido de nenhuma decisão, de nenhuma delas».

O gestor afirmou que todas as decisões que tomou enquanto foi membro do governo foram estudadas e avançaram com o «enquadramento correto».

Jorge Coelho disse que tem estudado as obras que foram lançadas enquanto era ministro, porque deverá ser chamado para responder às questões dos deputados da comissão de inquérito às Parcerias Público-Privadas (PPP).

«Tudo o que estudei até o momento, fiz bem e com o enquadramento correto», afirmou, referindo que nos anos em que esteve no governo foi organizado um pacote de PPP.

«Acontece que nos anos em que isto foi feito fui ver taxas de crescimento, o défice e o desemprego» e foram registadas «taxas de crescimento sempre acima de três por cento, o défice esteve sempre abaixo de três por cento» e a taxa de desemprego chegou a ser de 7%.

Jorge Coelho considerou o modelo das PPP um «excelente modelo, tem é de ser bem feito», ou seja, tem de existir um «ponto de equilíbrio».

Jorge Coelho afirmou que o grupo Mota-Engil teve boas relações com os vários Governos que se foram sucedendo em Portugal nos últimos anos, mas sublinhou que um «grupo empresarial não se mete na política» e que enquanto exerceu funções governativas «nunca» teve nada a ver com qualquer área empresarial.

E disse ainda que saiu da política há 11 anos e tem levado «pancada da forte». Atualmente, «só um indivíduo que não está bom da cabeça é que vai exercer uma função pública», devido ao «desgaste» e à «mediatização» que tem de enfrentar.
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