Veja aqui capas da Playboy
Contas feitas, o valor oferecido representa um prémio de 40% sobre o preço de fecho do valor das acções de classe B na sessão anterior. Aos 84 anos, Hugh Hefner coloca assim a oferta à Playboy em 185 milhões de dólares, uma valor que se espera entusiasmar os accionistas. Isto numa altura em que o balanço do último ano fiscal ficou aquém das expectativas, já que a empresa registou perdas de 51 milhões de dólares.
A marca entrou em declínio, sobretudo com a consolidação da rival Penthouse. Mas a Playboy está carregada de história: basta recuar até 1953, o ano da sua fundação, para ter conhecido de perto o sucesso: a capa era de Marilyn Monroe. E foi em 1971 que a companhia entrou na bolsa de Nova Iorque.
Contra-proposta: e se for a Penthouse a ficar com a Playboy?
Se a proposta de Hugh Hefner for aceite, a companhia passará a ser privada e, por isso, sairá da bolsa. «O que Hef quer, normalmente consegue», escreve a Reuters.
«Estou animado com a perspectiva de retorno da Playboy para a propriedade privada» e isso «vai revigorar a companhia e criar um legado duradouro para a marca», afirmou Hugh Hefner na sua proposta. E disse ainda acreditar que a oferta, entregue a 8 de Julho ao Conselho de Administração, «é do melhor interesse para a companhia e para os seus accionistas minoritários».
A oferta de Hugh Hefner prevê uma parceria com a Rizvi Traverse Management. Quem está atento à proposta do fundador da Playboy é a Friend FInder Network, proprietária da Penthouse, que está prestes a apresentar uma contra-oferta pelo capital da empresa.