Transportes: greve vai afectar 340 mil passageiros - TVI

Transportes: greve vai afectar 340 mil passageiros

Trabalhadores da Carris e da Transtejo/Soflusa em protesto nesta quinta-feira

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A greve de quinta-feira deverá afectar, pelo menos, mais de 340 mil passageiros da Carris e da Transtejo/Soflusa, segundo dados fornecidos pelas empresas à Lusa.

No caso da Carris, a empresa que assegura o transporte rodoviário em Lisboa estima que a greve de 24 horas dos trabalhadores afecte cerca de 300.000 passageiros.

Questionada sobre o impacto financeiros da greve, fonte oficial da empresa escusou-se a avançar um valor, referindo que a greve terá uma «impacto negativo adicional» tendo em conta a «situação de grande fragilidade económica e financeira» em que se encontram as empresas públicas de transportes, escreve a Lusa.

Disse, no entanto, que um dia de receita de bilhetes vale, em média, cerca de 56.600 euros que, «numa situação de paralisação total da frota, se perderá», acrescentando que a Carris assegura, diariamente, cerca de 700 mil viagens.

No caso da Transtejo/Soflusa, que asseguram as ligações fluviais entre as duas margens do rio Tejo, em Lisboa, o grupo estima que a paralisação de três horas por turno afete 44.400 passageiros.

Deste universo, 24.500 serão passageiros da ligação Barreiro, 11.600 da ligação Cacilhas e 4.000 da ligação Seixal.

Na ligação Montijo a empresa estima que a greve afecte 3.500 passageiros e na ligação Trafaria as estimativas apontam para 800 passageiros.

Além da Transtejo/Soflusa e da Carris, estarão também em greve os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (ML), da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), da Refer, da CP - Comboios de Portugal e da CP Carga.

No caso do ML, a empresa disse à Lusa que «um dia de greve corresponde a uma quebra de receita resultante dos títulos ocasionais (bilhetes) e a custos decorrentes da necessidade de informar devidamente os clientes de, aproximadamente, 90 mil euros».

No entanto, ressalva a empresa, existem custos decorrentes da normal actividade do ML que não se verificam durante o período de greve, como custos de operação/circulação de comboios, de energia e despesas relacionadas com as remunerações dos colaboradores que aderem à paralisação.

A Lusa contactou a CP e a STCP, que não disponibilizaram informações sobre os impactos financeiros da greve nem sobre o possível número de passageiros afectados.

Os sindicatos que apresentaram os pré-avisos de greve contestam as medidas anunciadas pelo Governo para o sector dos transportes, como as privatizações e a redução de serviços.
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