«PSD quer acabar com despedimento com justa causa» - TVI

«PSD quer acabar com despedimento com justa causa»

Francisco Louçã

Louçã acusa direita política de quer um país de «grande desemprego»

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O líder do Bloco de Esquerda disse este Sábado que o PSD e o seu presidente pretendem acabar com a norma constitucional que proíbe o despedimento com justa causa, considerando que a direita política quer um país de «grande desemprego».

«Querem agora acabar com a norma constitucional que proíbe o despedimento com justa causa. Se não há justa causa não pode haver despedimento é o que diz a Constituição e diz muitíssimo bem», afirmou Francisco Louçã citado pela Lusa.

Num almoço com militantes do Bloco de Esquerda (BE), em Leiria, o dirigente acrescentou que Passos Coelho «não está contente» com as medidas já implementadas e com os 730 mil desempregados do país.

«Se com 730 mil desempregados for possível despedir sem qualquer justificação, a quantos é que chegaremos?», questionou, advertindo que «deixa de haver qualquer limite, qualquer protecção para a parte mais fragilizada que é o trabalhador».

Querem liberalizar despedimentos e contratações?

Hoje, o semanário Expresso noticia que o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, quer «liberalizar despedimentos e contratações».

Para o dirigente do BE, Passos Coelho pretende que, «mesmo se não houver causa, mesmo se não houver justa causa», o patrão possa despedir o trabalhador «porque deixa de haver contrato, deixa de haver regras e o trabalho não é um direito, é uma esmola que o patrão dá».

«Isto é o sonho de uma direita que quer um país de salários baixos ou grande desemprego, ou seja, um país desqualificado em que não há nenhuma regra», declarou, considerando que este é um sonho «para esta direita ilustrada poder despedir toda a gente, não haver capacidade de resposta dos sindicatos, os trabalhadores não poderem dizer a sua opinião».

Francisco Louçã reiterou ainda as críticas ao acordo entre PS e PSD para as medidas de austeridade, considerando que se trata de um «acordo de mau pagador, de promessas falsas, um acordo de demagogia».
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