FMI nega negociações com Itália para ajuda externa - TVI

FMI nega negociações com Itália para ajuda externa

Christine Lagarde em Moscovo

Jornal «La Stampa» tinha avançado que instituição preparou pacote de ajuda até 600 mil milhões caso crise se agrave

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O Fundo Monetário Internacional já veio negar a existência de conversações com Itália para que o país seja resgatado.

«Não houve discussões com as autoridades italianas acerca de um programa de financiamento do FMI», declarou um porta-voz do Fundo, através de um comunicado citado pela Lusa.

Esta garantia vem contestar assim as informações avançadas no domingo pela imprensa italiana, que iam no sentido de a instituição liderada por Christine Lagarde ter preparado um pacote de ajuda até 600 mil milhões de euros para Roma, no caso de a crise do país se agravar. Essa informação foi avançada pelo jornal «La Stampa».

Que tipo de ajuda que seria prestada?

Este programa de ajuda permitiria à Itália dispor de uma «janela» de 12 a 18 meses para colocar em prática um plano de redução das despesas orçamentais e encetar reformas económicas destinadas a incentivar o crescimento em vez de refinanciar a dívida, indicava o jornal, ao apontar que em estudo estava ainda uma eventual participação do Banco Central Europeu.

O FMI garantiria este empréstimo a uma taxa entre os 4% e os 6%, bem inferior à taxa obtida pelo país nos mercados internacionais para colocar obrigações da dívida, a dois e cinco anos, e que atinge já os 7%, uma barreira psicológica que costuma empurrar os países para um pedido de resgate internacional.

Se Itália cair, euro morre

O Presidente francês e a chanceler alemã, líderes das duas maiores economias europeias avisaram já que o colapso de Itália será o fim do euro.

Já este último fim-de-semana a prestigiada revista britânica «The Economist» dez eco desse alerta. Num artigo intitulado «É verdadeiramente o fim», a publicação escrevia que «o risco de o euro se desintegrar dentro de poucas semanas é alarmante» e que a crise já atingiu os países do núcleo da Europa, um alerta também já repetido pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários.

A «The Economist» não é a única com esta opinião. Na passada sexta-feira, jornalistas dos também conceituados «Financial Times» e «New York Times» afirmavam que a Europa tem três semanas para resolver esta crise .

Ao final da tarde de domingo, um porta-voz da presidência francesa admitiu que um problema em Itália afecta o coração do euro.
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