A Finlândia vai exigir mais garantias caso seja chamada para participar em novos planos de resgate na Zona Euro, exigindo também a partilha das perdas com investidores privados. Este anúncio surge numa altura em que está em estudo um novo plano de assistência financeira à Grécia.
«Queremos limitar as responsabilidades da Finlândia. O novo Governo vai ter uma posição mais dura do que o anterior, face aos pacotes de ajuda aos países em crise», disse nova ministra das Finanças da Finlândia, Jutta Urpilainen, em entrevista à televisão pública finlandesa YLE, citada pela Lusa.
As garantias podem ser em forma de acções de companhias que passem a gerir os activos estatais dos países em dificuldades.
A ministra admitiu que as posições finlandesas não colheram grandes apoios nos outros países da Zona Euro, mas sublinhou que, nas eleições de Abril - que escolheram o actual Governo - os finlandeses votaram a favor de uma posição mais dura face aos resgates aos países do euro em dificuldades, como a Grécia, a Irlanda ou Portugal.
Urpilainen assumiu o cargo de ministra das Finanças depois do Partido Social Democrata, a que pertence, ter passado a integrar o Governo de coligação liderado pela Coligação Nacional, partido de direita.
Apesar do partido dos Verdadeiros Finlandeses, eurocético e contra os planos de resgate, ter vindo a ganhar popularidade, o governo da Finlândia prometeu manter o país numa rota europeísta.
Os ministros das Finanças da Zona Euro aprovaram, no sábado, o pagamento de uma nova tranche de 12 mil milhões de euros no âmbito do plano de resgate da Grécia, o quinto pagamento de um programa que prevê o desembolsar de 110 mil milhões de euros.
Entretanto, esta terça-feira a imprensa alemã noticiou que Berlim vai contribuir com mais de 5 mil milhões de euros para a quinta tranche decorrente ainda do primeiro empréstimo a Atenas.
Note-se que ainda ontem um professor alemão de Economia manifestou-se a favor da saída da Alemanha do euro, uma vez que a crise em países como a Grécia, Portugal e a Irlanda só prejudica as balanças comerciais estruturalmente positivas como é o caso da balança germânica.
Ao mesmo tempo, o tribunal alemão está a analisar três queixas contra as ajudas financeiras à Grécia e contra as garantias dadas por Berlim ao fundo de resgate europeu, que já serviu para apoiar a Irlanda e Portugal.
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Grécia: Finlândia exige mais garantias para ajudar
- Redação
- VC
- 5 jul 2011, 13:38
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Perdas devem ser partilhadas com investidores privados
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