Governo: corte de «rating» pela Fitch é «difícil de compreender» - TVI

Governo: corte de «rating» pela Fitch é «difícil de compreender»

Sócrates e Teixeira dos Santos

Ministério das Finanças sublinha importância das medidas orçamentais que «gradualmente» vão ter os seus efeitos

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Para o Ministério das Finanças, «no actual momento», é «difícil de compreender» que a Fitch tenha cortado o rating de Portugal de AA- para A+, sublinhando que «os resultados orçamentais mostram gradualmente os efeitos das medidas correctivas».

A agência de notação financeira Fitch cortou hoje o rating de Portugal em um nível, justificando com maiores dificuldades de financiamento, tanto do Estado como dos bancos, e a redução menos pronunciada do défice externo português. A Fitch manteve ainda uma perspectiva negativa.



«Portugal tem aprovado o Orçamento do Estado para 2011, com as medidas de consolidação e controlo orçamental reforçadas de modo a corrigir o défice público de 7,3 por cento para 4,6 por cento», disse à Lusa o gabinete de Teixeira dos Santos.

A tutela sublinhou ainda que «foi definido um calendário para implementar medidas importantes de reforço da competitividade da economia» e que se aproxima o final de 2010 «com os resultados orçamentais a mostrarem gradualmente os efeitos das medidas correctivas».

Quanto ao sistema bancário português, o ministério de Teixeira dos Santos reiterou que este é «sólido e resiliente», uma situação que será demonstrada pela «nova ronda de testes de stress a realizar em 2011».

Já sobre o financiamento da República, «tem-se processado a preços desproporcionados mas com regularidade e sem qualquer sobressalto quanto ao cumprimento das obrigações para com os detentores de títulos», argumenta o Ministério das Finanças.

Para o Governo «a estabilidade financeira da Zona Euro precisa de ser reforçada em vários aspectos», sublinhando que, «para isso, será sem dúvida necessário o esforço conjunto das instituições europeias e dos Estados-membros, para o qual Portugal está pronto a contribuir, como tem feito até agora».

O ministério de Teixeira dos Santos está «convicto» de que daí resultarão «condições de maior estabilidade macroeconómica, que permitirão a recuperação do crescimento económico e o retorno a rácios sustentáveis de dívida pública» portuguesa.
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