Energias do Brasil lucra menos 10% em 2006 - TVI

Energias do Brasil lucra menos 10% em 2006

electricidade

A participada da EDP Energias do Brasil obteve um resultado líquido de 384 milhões de reais (141 milhões de euros) em 2006, o que traduz uma descida dos lucros de 10,3% face aos 439 milhões (157 milhões de euros) alcançados no ano anterior.

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Em comunicado, a empresa diz que este «desempenho foi fortemente influenciado pelo provisionamento para pagamento de juros sobre capital próprio no valor de 181,1 milhões de reais em Dezembro de 2006 (96,1 milhões foram provisionados em 2005), assim como resultado cambial líquido negativo de 50,9 milhões de reais (60,4 milhões positivos em 2005)».

Por outro lado, o EBITDA atingiu os 1,07 mil milhões de reais, ou seja, mais 17,6% que em 2005, avança a empresa em comunicado. «O crescimento deveu-se, principalmente, ao início de operação comercial da Usina Hidrelétrica Peixe Angical e à expansão do mercado de energia eléctrica», explica o director-presidente da Energias do Brasil, António Martins da Costa. «Os resultados de 2006 demonstram a capacidade empreendedora do grupo, que mantém seu objectivo estratégico de ampliar a presença na área de geração, primando pela disciplina financeira e pela excelência no desempenho sócio-ambiental», acrescenta.

O volume acumulado de energia distribuída em 2006 chegou a 23.948 GWh, mais 3,8% ao de 2005.

O investimento totalizou os 830 milhões de reais em 2006, dos quais 35,3% destinados ao segmento de geração e 64,6% ao de distribuição. Já o volume de energia produzida em 2006 alcançou 3.929 GWh, 42,6% acima da geração do ano anterior.

No quarto trimestre de 2006, foram produzidos 1.494 GWh, volume 126,6% superior ao de idêntico trimestre de 2005, reflectindo a operação a plena capacidade dos três conjuntos geradores de Peixe Angical, que totalizam 452 MW de capacidade instalada, e o início de funcionamento da quarta máquina da Usina Hidrelétrica Mascarenhas, no Espírito Santo, que, em Outubro, aumentou a sua capacidade instalada em 50 megawatts.

Com isso a Energias do Brasil aumentou a expansão da sua capacidade de geração em 2006, alcançando uma capacidade instalada de 1.018 MW. Esse patamar será ampliado ainda no primeiro trimestre de 2007, com o início de operação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) São João, também localizada no estado do Espírito Santo e com capacidade instalada de 25 MW. Adicionalmente e no mesmo estado, a Energias do Brasil investirá cerca de 105 milhões de reais na construção da nova PCH Santa Fé que terá uma capacidade instalada de 29 MW (energia assegurada de 16 MW) e que deverá entrar em operação no início de 2009.

3,1 milhões de clientes

As três distribuidoras da Energias do Brasil têm 3,1 milhões de clientes, localizados em 171 municípios com uma população total de aproximadamente 10 milhões de habitantes. O volume de energia requerida pelo sistema de distribuição composto por essas concessionárias chegou a 27.509 GWh em 2006. Desse total, 51,8% foram absorvidos pela Bandeirante, 33,7% pela Escelsa e 14,5% pela Enersul.

O crescimento do volume total de energia distribuída pela Energias do Brasil atingiu 3,8% no ano.

Endividamento atinge 1,1 mil milhões de euros

Em 31 de Dezembro de 2006, a dívida bruta consolidada, incluindo encargos, da Energias do Brasil, totalizava 3,2 mil milhões de reais (1,1 mil milhões de euros), em comparação com 3,02 mil milhões de reais (1,08 mil milhões de euros) registrados ao final de 2005.
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