Habitação mais cara a partir de Julho de 2008 - TVI

Habitação mais cara a partir de Julho de 2008

Casas

Os portugueses estão sensibilizados para a importância das energias renováveis, sobretudo nas camadas mais jovens, mas o factor custo desta vertente ainda tem um peso muito importante quando chega a altura de escolher uma casa.

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Razão por que 40% dos inquiridos no segundo inquérito do estudo «A Casa Ideal», promovido pela Escola Superior de Actividades Imobiliárias e pela Eurosondagem (ESAI), dizem preferir a energia eléctrica, refere o «Diário de Notícias».

Mas mesmo esses 40% não poderão fugir aos seis a sete mil euros de acréscimo de custo que as habitações novas vão sofrer a partir de Julho de 2008, alerta Manuel Ferreira dos Anjos, director da ESAI, por via da entrada em vigor, de forma universal, da obrigatoriedade dos novos projectos incluírem aquecimento por energia solar.

Uma medida já em vigor, desde Julho deste ano, para projectos com área bruta de construção superior a mil metros quadrados, que em Março de 2008 se alarga aos de dimensão entre mil a 500 metros quadrados e a partir de Julho se torna universal para todas as novas habitações.

Ferreira dos Anjos diz-se naturalmente defensor desta medida, por ser «amiga do ambiente e boa do ponto de vista da racionalidade energética», no entanto, «lamenta que não se diga toda a verdade às pessoas, não se explique logo ao público quanto é que isso vai custar».

Ferreira dos Santos garante que a execução dos projectos, certificação dos mesmos, execução física das obras, que inclui toda a instalação de sistemas de canalização próprias para energia solar ou fotovoltaica, bem como de contadores individuais em cada apartamento, implicam custos da ordem dos «seis a sete mil euros por habitação».

Um valor que irá, naturalmente, inflacionar o preço final da habitação em Portugal e que, ainda por cima, é um valor «por baixo». «As pessoas têm o direito de saber que vão pagar, no mínimo, sete mil euros, e que tanto faz ser um T1, T2 ou T3. Se for uma moradia é provável que custe mais. Mas menos não vai custar de certeza», adianta. Ou seja, sublinha, num apartamento de 70 mil euros, é um acréscimo de 10%.
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