O governador do Banco de Portugal explicou esta manhã no Parlamento que as entidades portuguesas não têm muitas aplicações em «off-shores» e adiantou que, no caso das entidades públicas, algumas dessas aplicações não são feitas directamente e resultam do facto de essas aplicações serem entregues a terceiros.
«Muitas dessas aplicações são feitas em obrigações de bancos europeus, credíveis, e até portugueses, que emitem títulos de dívida. Não são entidades que estejam em risco, não estão a falir», acrescentou Vitor Constâncio, explicando que «não são aplicações feitas em off-shores, mas sim em activos emitidos a partir de veículos que estão num off-shore».
«É diferente, quer no risco, quer na natureza da própria operação», considerou.
«Num mundo ideal, os off-shores não deviam existir», disse Constâncio, admitindo que, no entanto, hoje em dia, grande parte dos produtos financeiros é emitida a partir desses paraísos fiscais.
Recorde-se que o Ministério das Finanças tinha já anunciado a 18 de Abril que os organismos da administração directa do Estado não têm aplicações em off-shores. Apenas o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social dispõe de aplicações de 42 milhões de euro.
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«Off-shores»: Constâncio explica natureza das aplicações existentes
- Paula Martins
- 30 abr 2008, 16:46
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Activos são emitidos através de «off-shore» mas de confiança
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