Empresas espanholas  recebidas «de braços abertos» - TVI

Empresas espanholas recebidas «de braços abertos»

  • Portugal Diário
  • 17 fev 2007, 18:13
Manuel Pinho acusa oposição de má fé

Manuel Pinho insiste na teoria dos salários baixos para atrair investimentos

O ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, disse este sábado em entrevista ao jornal espanhol «El País», que Portugal precisa de investimento e que o país recebe as empresas espanholas de «braços abertos».

«Portugal necessita de investimento. Recebemos as empresas espanholas de braços abertos», disse o ministro, acrescentando que «Espanha vê com bons olhos o mercado português».

Manuel Pinho cita os exemplos da Repsol, que vai investir na petroquímica de Sines 800 milhões de euros, da Abertis, que vai construir no Norte de Lisboa uma plataforma logística, e da La Seda, que também está interessada em Sines.

Questionado sobre a blindagem de sectores estratégicos, para evitar o controlo de empresas portuguesas pelas estrangeiras, Pinho afirmou: «Acredito muito nas vantagens da globalização. Ao mesmo tempo há empresas que necessitam de conservar a sua autonomia pela dimensão e sua importância para promover investigação e desenvolvimento. Mas se há boas ligações com Espanha e um bom acesso a empresas estrangeiras, criaremos um mercado melhor».

Questionado sobre se o pacote de reformas do sector energético vai permitir que finalmente o Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel) se torne uma realidade, o ministro disse que «os dois governos socialistas» estão a trabalhar nesse sentido.

O «El País» perguntou ainda ao ministro se este estava arrependido do comentário que fez na China sobre os baixos salários portugueses.

«Fui criticado pela oposição, mas nesta mesma semana o comissário [Peter] Mandelson deu-me razão. O que disse foi que Portugal tem várias vantagens para os investidores estrangeiros: estabilidade, segurança, o euro, boas infra-estruturas, fundos comunitários para apoiar o investimento estrangeiro, a aposta nas novas tecnologias e, por último, o facto de ter, em média, salários mais baixos que a União Europeia», respondeu o ministro da Economia e da Inovação.
Continue a ler esta notícia