«O que os sindicatos querem é que não haja nenhuma avaliação» - TVI

«O que os sindicatos querem é que não haja nenhuma avaliação»

Secretário de Estado Jorge Pedreira

Secretário de Estado da Educação considera greve às aulas assistidas «puro boicote» à avaliação

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O secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, considera que a greve às aulas assistidas, convocada pelos sindicatos dos professores a partir de terça-feira, vem demonstrar que as estruturas sindicais rejeitam qualquer tipo de avaliação.

Em declarações à Lusa, a propósito da greve nacional de professores a decorrer esta segunda-feira, o secretário de Estado afirmou ter «muita dificuldade em compreender» estas acções e qualificou a greve às aulas assistidas como «puro boicote» à avaliação de desempenho.

«Vem demonstrar, no fundo, que aquilo que os sindicatos querem é que não haja nenhuma avaliação», afirmou Jorge Pedreira, que se manifestou convicto de que a paralisação desta segunda-feira terá um nível de adesão «significativamente inferior» à registada na anterior greve de professores, a 3 de Dezembro.

Na última paralisação nacional de docentes, os sindicatos apontaram uma adesão na ordem dos 94 por cento, enquanto segundo os números avançados pelo Ministério da Educação não foi além dos 66,7 por cento.

«O Governo, o que tem feito é ouvir e resolver os problemas e continua disponível para fazê-lo em relação a outras matérias que têm sido um dos elementos da contestação dos sindicatos, a revisão das carreiras», garantiu.

O secretário de Estado mostrou-se, no entanto, indisponível para «regressar a uma situação inaceitável do ponto de vista do rigor e da exigência que a escola pública tem: uma avaliação que não tinha consequências, tratava todos por igual, que não tinha nenhum significado e que era um mero simulacro».

Além disso, Jorge Pedreira considera ainda inaceitável permitir «um tratamento diferente dos professores face à generalidade dos trabalhadores da administração pública no que diz respeito à avaliação de desempenho».
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